O empreendedorismo na formação do indivíduo

Já dizia Sêneca, grande orador romano nascido entre os séculos IV e I a. C.: “Muitas coisas não ousamos empreender por parecerem difíceis; entretanto, são difíceis porque não ousamos empreendê-las.” Como se pode perceber o verbo empreender não é novo em nossa sociedade, seu uso data de muito antes da era cristã. Empreender não estava ligado apenas ao mundo dos negócios, mas a todas as coisas. Empreender tinha e ainda tem, como consta em nossos dicionários, o mesmo significado de iniciar, experimentar.
O ato de empreender requer iniciativa e disposição; e abrange todas as áreas de nossas vidas, empreender um esporte, uma relação, um curso, uma viagem, uma pesquisa, um negócio, etc. Independente do que se venha empreender, o necessário é atitude de enfrentar riscos, de se lançar no desconhecido, se deparar com o inesperado, mas com garra e determinação não desistir. Faz parte desse processo a mudança de trajetórias, o desvio de caminhos, a procura por atalhos e a ousadia em superar as dificuldades.
Aprender a empreender não é uma questão só para adultos, desde crianças devemos ser preparados para as dificuldades e as barreiras que surgirão pela frente. Cada etapa do crescimento e do desenvolvimento humanos requer posicionamentos diante das diversas e complexas questões que a própria vida propõe. A criança bem preparada para lidar com essas situações torna-se um jovem e futuramente um adulto confiante, seguro de si e com estima elevada. O primeiro ato empreendedor a existir deve nascer no seio da família, na formação de crianças que não tenham medo de experimentar e ousar, a escola deve aparecer como conciliadora da família no intuito de formar cidadãos capazes de fazer a diferença na sociedade, um adulto inovador, sólido, independente e que exercita as ações de transformar e renovar de fora pra dentro. Que tenhamos a audácia e a coragem de empreender em nós.

Por Rosane Tavares de Almeida